segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rock Front - Certamente Jesus não estava lá. E isso é muuuuuuito bom.

Uma tarde de sol.
Uma noite de som.
Uma tarde com amigos.
Uma noite interessante.
E eu com a minha birra com o underground de Rio das Ostras...humpf! Vai saber né?
Eu não pude ver todas as bandas tocarem (o nível de álcool e outras substâncias não me deixaram esse luxo).
Felizmente foi um grande acerto.
Tudo foi concreto e contundente.
As bandas que eu consegui ver mostraram realmente o espírito rock'n'roll (mesmo não tendo muitas bandas de rock).
Cerventes mostrou uma banda realmente interessante pelo seu punk sujo, com uma pitada de Krautrock (mesmo involuntariamente.).
Mostraram o porquê que vieram. E simplesmente não deu pra ficar muito parado. (DIVERTIDO HORRORES!). As outras bandas também fizeram coisas bem interessantes.
Parabéns pra produção e pra todos os presentes.
Rolou uns "stresses" mas nada muito grave.
Coisas do underground.
Coisas belas do underground. Esse choque de valores realmente tem que existir!
É a beleza do rock'n'roll e tem que ter isso.
E o Rock Front mostrou essa beleza de formas bem intrínsecas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Kevin Ayers - Joy of a Toy (1969)


O ex Soft Machine sempre foi um lunático.
Trabalhou com gente do mesmo porte de insanidade que ele, ou mais.
Syd Barrett foi um dos seus parceiros de composições (e um dos seus melhores amigos).
Além de Syd Barrett ele também colaborou com Mike Oldfield (o malucão do Tubular Bells).
Então o que dizer do Sr. Ayers?
Tentarei falar algo a respeito.
Kevin Ayers é da cena de Canterbury, junto com outros também veryfuckingcrazy do Gong e outras bandas bem puxadas pro jazz, folk e fazendo disso uma salada bem psicodélica.
Poucas pessoas não conhecem seu trabalho, somente o conhecem por ser o baixista do Soft Machine, mas além de um sorriso bonito ele tem muito talento.
E bota talento nisso.
O álbum abre com a insana "Joy of a Toy Continued" com sua excentricidade circense, um isntrumental bem "acid trip" com um happy endind (parece que ele pretendeu fazer da sua faixa inicial sua faixa de despedida!), mas depois dela ai sim que vemos o tanto de loucura existe ainda nessa mente perturbada.
A proxima é "Town Feeling", aparece sua bela voz contrastada por um tom de tédio e porque não melancólico, instrumentalmente falando, rico em detalhes e belos riffs de guitarra e uma flauta linda de morrer!
O destaque do cd é a Barrettiana "Girl on a Swing" com sua guitarras invertidas e seus cravos enlouquecedores, que nos fazem flutuar!
Uma boa pedida pra esse disco é você sentar e observar uma bela tarde com o seu café e amigos.
Pois revolução eu não quero hoje, eu só quero viajar!
E pra viajar nesse mundo belo e sorridente esse disco vale a pena!
God Bless Mr. Ayers!

The Legends - Over And Over


Pra quem curte uma novidade
essa banda promete te alegrar com seu tweet-pop com pitadas shoegaze.
The Legends foi formada em 2003 abrindo para uma banda igualmente boa chamada The Radio Dept. (estou no aguardo de seu novo trabalho "Clinging to a Scheme").
Com o seu pop açucarado me conquistou na primeira música (eu tinha baixado pois um amigo tinha me dito mas nem dei tanta importância, estou no vício do Desert Sessions), a bela "You Won" com sua atmosfera que remete os bons tempos do Joy Division, mas logo tudo muda e entra num shoegaze que faria os irmãos Reid se sentirem o último acarajé da Bahia.
Entre tantas outras belas faixas a que mais de destaca é a falsa felicidade de "Monday to Saturday" que realmente nos faz dançar felizes e desempedidos.
Então baixem e se deliciem com essa banda gostosa.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

AQA, Uma honesta resenha.

AQA, Independencia ou sobrevivencia?

De todas as edições que eu fui (uma semi-desastrosa e a outra semi-catárse) eu percebo que todos estão com uma mente mais aberta sobre o que fazer ou que não fazer.
Observei, analisei e também participei e a minha conclusão desse "revigorado" AQA foi a melhor das possíveis.
Talvez pela mudança da organização, Talvez por isso e aquilo...
Coisa que eu não tenho que colocar em foque agora.
Não interessa, passou! (todos erram tentando acertar, é a roda viva).
Então o que dizer agora? Puxar o saco? Levantar a bola do evento? Não agora, só um minuto.
Cheguei lá e um tímido rapper estava lá com uma falsa efusividade (ele estava completamente envergonhado!) mas o cara era bom. Conseguiu me fazer pensar em várias coisas.(engraçado, isso nunca me acontece, seria talvez pois eu nunca vi um rapper tããão de perto ^^).
Poesias, coisas belas que fazem cócegas nos nossos ouvidos (umas boas outras nem tão boas assim, mas o que vale enfocar é a intenção de fazer arte) e uma variedade de pessoas querendo algo de diferente em uma pálida e esquálida tarde de domingo.
Apresentação de músicos, uma pálida apresentação de Johnny Curtis (ridícula por sinal, mas as fotos sairam bem melhor que a encomenda).
E o pessoal do teatro fazem uma apresentação um tanto quanto inusitada, pois eu não esperava por uma apresentação de "Escravos de Jó"!!.
Mas a outra peça por sinal engraçadíssima. Digna de aplausos.
Chega a noite e algo catártico nos aguarda.
Diêgo nos faz uma apresentação digna de louvação em um anfiteatro greco-romano!!!
Foi uma experiencia incrível!! Realmente gostei muito do eletro-rock minimalista com temas intrínsecos de Cartola e outros temas totalmente relevantes.
Me senti bem nessa hora, Me senti em um verdadeiro "happening".
Realmente vi algo que poderia encher meus olhos de lágrimas ou de brilho.
O Ai, Que Absurdo foi uma confraternização no final, não só um mero espaço para apresentação de pessoas com vontade de fazer algo pra diminuir o tédio.
Gostei, aprovei e coloco meu sangue nessas singelas palavras.
Singelas sim. pois o AQA é muito mais do que isso.
Uma idéia que dará certo se continuar nessa maré.
Sem egocentrismo, sem a matematização e sem a organização frouxa e digna de risada.
Funcionou e pelo bem de nossas tardes que continue funcionando assim.